Belo Horizonte registrou um recorde alarmante de atendimentos por doenças respiratórias em maio, conforme dados divulgados pela Prefeitura da cidade. Foram contabilizados 87.671 atendimentos em centros de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), representando um aumento significativo de 30,5% em relação ao mês anterior. Esse número corresponde a 31,4% de todos os atendimentos realizados em 2025 na capital mineira, totalizando 278.995 atendimentos até o momento.

Os casos de maior preocupação são os de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que já resultaram em 211 óbitos em Belo Horizonte. Segundo o último boletim InfoGripe, da Fiocruz, a cidade está classificada em um nível de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco, com um sinal de crescimento na tendência de longo prazo. Esse cenário é atribuído ao aumento dos casos de SRAG causados pelo Influenza A e pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que afetam principalmente idosos e crianças pequenas, respectivamente.

Além disso, o estado de Minas Gerais também tem enfrentado um aumento no número de internações por síndromes respiratórias em 2025, com um total de 39.946 internações registradas até o final de maio. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) aponta que houve um aumento de 6,76% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Entre as internações, 21.683 foram de pessoas com 60 anos ou mais e 4.718 de bebês com até um ano de idade.

Mesmo diante desse cenário preocupante, a cobertura vacinal contra a Influenza em Minas Gerais permanece abaixo da meta estabelecida. Até o momento, menos da metade do público-alvo, que conta com aproximadamente 5,5 milhões de pessoas, recebeu a vacina. A cobertura vacinal atualmente é de 39,92%, enquanto a meta é alcançar 90% de adesão. Diante desse contexto, é essencial ampliar as campanhas de vacinação e conscientizar a população sobre a importância da imunização para prevenir doenças respiratórias.