Veja como funcionam os carros autônomos queimados em protesto nos EUA
Atos em Los Angeles contra políticas imigratórias terminam com carros autônomos da Waymo queimados; jornalista testou tecnologia já roda em São Francisco, mas ainda tem o limitado.
Os protestos em Los Angeles, nos DE, contra as políticas imigratórias e o poder das empresas de tecnologia, terminaram com a queima de ao menos cinco carros autônomos no último domingo (8). Esses veículos sem motorista, controlados por aplicativos, já são realidade em cidades como São Francisco, onde a Waymo One — empresa da Alphabet, holding do Google — oferece viagens.
O jornalista Alexandre Lopes testou esses carros que parecem ter saído de um ‘filme de ficção científica’. O modelo, um Jaguar I-Pace elétrico equipado com sensores, câmeras e inteligência artificial, circula apenas em áreas urbanas, evitando rodovias e deslocamentos intermunicipais.
Foram duas viagens durante uma visita a São Francisco, no estado da Califórnia, que totalizaram 45 minutos. “Durante os trajetos, me senti seguro e confortável. O carro respeita rigorosamente as leis de trânsito, faz curvas suaves, para com antecedência e se adapta ao tráfego com naturalidade”, disse.
Lopes contou ter gasto US$ 19 (cerca de R$ 100) na viagem mais longa, de 30 minutos, equivalente a uma corrida comum no Uber nos DE.
“Mas há um porém: o o ao serviço ainda é . Para usar o aplicativo da Waymo One, é necessário ter uma conta americana na Apple Store — algo que frustra turistas e curiosos, já que o app não está disponível em celulares brasileiros. Mesmo assim, para quem consegue embarcar, a experiência é inesquecível”, comentou.
A Waymo surgiu em 2009 como projeto experimental do Google para desenvolver veículos autônomos. Em 2016, transformou-se em uma empresa independente sob a Alphabet. Desde então, a tecnologia ou por testes rigorosos até o lançamento comercial em cidades americanas.
O sistema utiliza lidar (radar a laser), sensores de proximidade, GPS de alta precisão e câmeras 360º para navegar pelas ruas. Toda a inteligência de direção está a bordo do carro — não em servidores externos —, garantindo respostas rápidas. O ageiro destrava a porta com o aplicativo e acompanha a rota em uma tela interna, podendo ajustar clima, rádio e dar s sobre a corrida.
Apesar histórico de segurança, os veículos autônomos não estão livres de polêmicas. Em 2023, a Cruise — do grupo General Motors — teve as atividades suspensas na Califórnia após um grave incidente com um pedestre. A Waymo, por outro lado, manteve a licença ativa e expandiu as áreas de operação.
Atualmente, os carros da Waymo circulam em São Francisco e Phoenix, com planos de expansão para Los Angeles e Austin. Em São Francisco, eles atuam em bairros como Mission, Castro, Noe Valley e Haight-Ashbury — regiões com grande fluxo urbano, mas mapeadas em detalhe pela tecnologia.