Casal de mulheres é alvo de ofensas homofóbicas em supermercado: luta contra preconceito
Um casal de mulheres foi alvo de ofensas homofóbicas em um supermercado na região Oeste de Belo Horizonte, no bairro Nova Suíssa, durante uma discussão na fila do caixa. Parte das agressões verbais foi gravada pelas vítimas que relataram terem sido provocadas por outro casal presente no local. De acordo com o depoimento dado à polícia, Paulo Henrique Mariano Cordeiro, de 35 anos, e Graciana Alves da Silva, de 47 anos, começaram a ironizar a presença do filho adotivo das mulheres.
As vítimas afirmaram que as provocações iniciaram com comentários depreciativos sobre a situação de serem “duas mães”. Em seguida, Graciana teria começado a empurrar o carrinho de compras de uma das mulheres, ignorando os pedidos para parar. A situação se agravou quando Paulo Henrique ou a proferir insultos homofóbicos contra o casal, como registrado em vídeo por uma das vítimas, onde o suspeito chama uma delas de “sapatão filha da p*”.
Paulo itiu à polícia ter proferido os xingamentos, justificando estar nervoso por questões pessoais. O Supermercados BH se manifestou lamentando o ocorrido e repudiando qualquer forma de discriminação. A empresa destacou seu compromisso com o respeito, a diversidade e a promoção de um ambiente seguro para todos. A Polícia Civil foi contatada, mas não houve retorno até o momento da publicação.
O histórico de agressões de Paulo Cordeiro inclui casos anteriores registrados pela Polícia Militar, como agressões a terceiros em 2009 em uma sauna frequentada pelo público gay. Em 2007, ainda menor de idade, foi denunciado por agredir a própria tia durante uma discussão. Recentemente, em 2020, um vizinho o acusou de agressão após um desentendimento no contexto de ajuda com sacolas de compras.
Diante do episódio de homofobia no supermercado, as vítimas procuraram as autoridades policiais para buscar justiça. A discriminação baseada na orientação sexual é crime e deve ser combatida com medidas enérgicas. A sociedade civil e as instituições devem se unir na luta contra qualquer tipo de preconceito, garantindo o respeito e a igualdade para todos os cidadãos, independentemente de sua orientação sexual.