O estado do Ceará enfrentou em 2023 o menor número de nascimentos desde o ano de 2001, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com as Estatísticas do Registro Civil, houve um total de 110.128 mil nascimentos no estado, representando uma queda de 0,8% em comparação ao ano anterior.

Com mais um recuo significativo, este é o menor índice dos últimos 24 anos, uma vez que em 2001 o número registrado foi de 95.332 mil nascidos vivos no Ceará. Segundo o IBGE, diversos fatores estão relacionados a essa redução nos registros de nascimentos, incluindo a diminuição da natalidade e da fecundidade no estado, evidenciadas nos últimos Censos Demográficos, além dos impactos da pandemia de covid-19.

No que diz respeito aos meses com maior número de nascimentos em 2023, em média foram registrados 9,1 mil nascimentos mensalmente. Os dados destacam maio como o mês com a maior quantidade de nascimentos no Ceará ao longo do ano. Além disso, a idade das mães que tiveram filhos em 2023 aponta para uma tendência de maternidade cada vez mais tardia, com uma em cada quatro mulheres na faixa etária de 25 a 29 anos.

Outro ponto relevante diz respeito aos casamentos civis, que tiveram um aumento de 2% no estado, verificando-se também um adiamento progressivo da idade média em que homens e mulheres decidem se casar. Os divórcios, por sua vez, apresentaram uma queda de 1,4%, indicando que o Ceará possui a sétima menor taxa geral de divórcios no país, embora a modalidade de guarda compartilhada tenha se tornado mais comum ao longo dos anos.

Em resumo, os dados do IBGE revelam um cenário de redução nos nascimentos e casamentos, ao o que os divórcios atingem níveis recordes no estado do Ceará. A análise das informações coletadas aponta para transformações significativas nas dinâmicas familiares e sociais, refletindo os contextos demográficos e os impactos de eventos como a pandemia de covid-19.