Na manhã desta terça-feira, Manoel Américo da Silva, de 60 anos, teve sua rotina interrompida por um intenso tiroteio durante uma megaoperação policial no Complexo de Israel. Enquanto estava em um ônibus da linha 422 a caminho do trabalho, Manoel foi atingido por um tiro no ombro esquerdo, enquanto seu amigo Valdemir Pedro da Cruz, de 57 anos, foi ferido por estilhaços no braço direito. O coletivo em que estavam foi um dos alvos dos disparos, levando pânico aos ageiros e ao motorista, que desviou imediatamente para o Hospital Geral de Nova Iguaçu.

Apesar do momento de tensão no ônibus, com ageiros se protegendo e tentando acalmar uns aos outros, o motorista agiu rapidamente ao levar Manoel e Valdemir para a unidade de saúde. Manoel ou por cirurgia de urgência e seu quadro de saúde é estável, segundo informações da direção do hospital. Enquanto isso, sua família aguarda ansiosa por notícias, após receberem a chocante ligação do próprio Manoel relatando o ocorrido.

Valdemir, emocionado, relembra o momento angustiante em que os disparos atingiram o ônibus, ferindo-o e ao seu amigo. Ele descreve a cena de desespero e a coragem de todos em meio ao caos, destacando a importância da união e da ajuda mútua em momentos críticos como esse. O medo e a rotina de violência são relatados por Valdemir, que questiona a falta de ação das autoridades diante da crescente onda de violência na região.

Além do ônibus em que estavam Manoel e Valdemir, outros coletivos foram alvos dos disparos, resultando em mais um caso de motorista baleado, aparentemente no braço direito. Imagens circulando nas redes sociais mostram a cena do motorista caído ao lado do ônibus, enquanto recebia assistência de um motociclista. A tensão e o clima de violência são destacados nessas imagens, refletindo a gravidade dos acontecimentos.

A Semove, empresa responsável pelos ônibus atingidos, lamentou o episódio de violência e colabora com as autoridades para identificar os criminosos. Enquanto isso, a Avenida Brasil e a Linha Vermelha foram liberadas para o tráfego, mas a polícia pode realizar bloqueios a qualquer momento. A população é incentivada a contribuir com informações sobre o caso, visando a prevenção e repressão da criminalidade na região.

O episódio vivido por Manoel, Valdemir e outros ageiros dos coletivos reflete a realidade de muitos moradores do Rio de Janeiro, que enfrentam diariamente a violência e o medo nas ruas da cidade. A esperança por dias mais tranquilos e seguros se mantém viva, apesar dos desafios enfrentados pela população e das dificuldades enfrentadas pelas autoridades para conter a criminalidade. É fundamental que medidas eficazes sejam tomadas para garantir a segurança e a paz tão almejada pela sociedade carioca.